Esta inflamação é causada na maioria das vezes por partículas fecais que se alojam nos divertículos,dando origem à formação de abscessos com pus em seu interior.Estes abscessos podem permanecer confinados no interior dos divertículos ou perfurar, mas ficarem bloqueados pela camada de tecido gorduroso que envolve o colon.Nestes casos,o paciente apresenta dores abdominais de intensidade variável,febre e queda do estado geral,podendo ainda ser realizado tratamento clínico sem necessidade de cirurgia.
Quando porém o abscesso rompe a camada de gordura e dissemina-se na cavidade peritoneal,causando peritonite,a cirurgia é obrigatória e imediata,pois a contaminação fecal do peritôneo,se não tratada,é invariavelmente fatal.
O segundo tipo de complicação é o sangramento causado pela inflamação intra diverticular que corroi a parede dos vasos sanguineos adjacentes. A intensidade do sangramento também e variável,devendo ser tentado o tratmento clínico inicialmente.
Este tratamento,além de cuidados gerais e /ou de reposição sanguinea,é feito através de procedimentos radiológicos,como a arteriografia,ou endoscópicos,como a colonoscopia,ambos visando à esclerose do vaso responsável pelo sangramento.
Quando porém a hemorragia não consegue ser controlada,está indicada a cirurgia,que basicamente visa retirar o segmento do colon que contenha o divertículo sangrante.
Em muitas ocasiões,este divertículo não consegue ser localizado,tendo que se proceder à retirada de todo o intestino grosso.Como esta complicação ocorre em geral com pacientes idosos,trata-se de operação de grande morbidade,devendo ser realizada por cirurgião experiente.
A terceira complicação mais frequente da Diverticulite,são as fístulas,ou seja,comunicação entre o segmento do intestino grosso que contenha o divertículo inflamado,e que perfura para órgãos intra abdominais ou para o exterior,através da pele do abdomem.
No primeiro caso,as fístulas são internas,e os órgão mais comumente atingidos são a bexiga,com fístulas colo-vesicais,a vagina,com fístulas colo- vaginais ou outros segmentos de intestino delgado ou grosso,constituindo as fístulas colo-entéricas.
No segundo caso as fístulas são denominadas externas.
Nos dois tipos de fístulas,o quadro clínico é o de saída de material fecal para os órgãos comprometidos causando sérias infecções. O tratamento na maioria dos casos é operatório,sendo muito reduzido o número daqueles em que o tratamento clínico apresenta resultados satisfatórios.